Por: Dr. Rodrigo Brum em 23 de setembro de 2025 • 5 minutos de leitura • Hematologia
O Julho Amarelo é uma campanha que visa conscientizar a população sobre diferentes tipos de câncer, com ênfase nas neoplasias ósseas e hematológicas. Embora o câncer ósseo ainda seja menos conhecido pela maioria das pessoas, ele merece bastante atenção, especialmente por afetar crianças, jovens e idosos, muitas vezes de forma silenciosa.
Neste conteúdo, você vai entender o que representa o Julho Amarelo, quais sinais exigem atenção, como é feito o diagnóstico e quando o acompanhamento com um hematologista é indicado.
O Julho Amarelo é a campanha de saúde que busca ampliar o conhecimento sobre doenças graves, como os cânceres que afetam os ossos. Embora tenha sido originalmente instituído para promover o controle das hepatites virais, o mês passou a ser utilizado por diversas instituições para debater outros temas de impacto oncológico.
Ao incentivar a prevenção, o diagnóstico precoce e o acesso ao tratamento adequado, o Julho Amarelo também se torna um momento de visibilidade para pacientes, familiares e profissionais que enfrentam os desafios impostos por essas doenças.
Os tumores ósseos podem ser classificados como primários, quando se originam diretamente no osso, ou secundários, quando resultam de metástases de outros tipos de câncer. São inúmeros os tipos de lesões ósseas tumorais que podem ocorrer. Na oncohematologia destacam-se alguns tipos de linfomas e principalmente o Mieloma Múltiplo. Outros tipos como o osteossarcoma, condrossarcoma, sarcoma de Ewing e metástases são acompanhados pelo oncologista.
Os sintomas do câncer ósseo nem sempre são evidentes no início. A dor é o principal sintoma, muitas vezes persistente, com características diferentes de dores prévias e que piora com o tempo; em alguns casos, a dor é noturna e não está relacionada a esforços ou traumas.
Outros sinais incluem o inchaço no local do tumor, dificuldade de movimentação, perda de força no membro afetado, sensibilidade aumentada e fraturas com traumas mínimos. Eventualmente pode haver r febre, perda de peso e/ou fadiga progressiva.
Como esses sintomas podem ser confundidos com dores musculares ou quadros ortopédicos comuns, é fundamental buscar avaliação médica em caso de persistência dos sintomas. .
O diagnóstico do câncer ósseo começa com a suspeita clínica. O médico pode solicitar exames de imagem, como radiografias, tomografias ou ressonância magnética, além de exames laboratoriais para avaliar alterações específicas. .
A biópsia do tecido ósseo ou, no caso do Mieloma Múltiplo, da medula óssea, é fundamental para confirmar o tipo de tumor. Na suspeita de Mieloma, exames fundamentais e simples de sangue e urina, como eletroforesse de proteínas, imunofixação de proteínas e dosagem de cadeias leves livres podem direcionar de forma muito efetiva o diagnóstico, evitando em muitos casos intervenções cirúrgicas mais invasivas.
A identificação precisa do subtipo do câncer ósseo é essencial para definição da estratégia visto que cada tipo possui um tratamento e acompanhamento específico. A abordagem terapêutica pode incluir cirurgia, quimioterapia, imunoterapia e/ou radioterapia. Mais recentemente, na hematologia, terapias como o uso de anticorpos biespecíficos e CAR-T Cell são opções disponíveis revolucionárias que estão indicadas em casos específicos.
Pacientes que apresentam sintomas persistentes descritos acima, alterações ósseas suspeitas ou alterações laboratoriais como anemia e gamopatia monoclonal devem procurar uma avaliação médica especializada o mais prontamente possível. O hematologista tem papel fundamental no diagnóstico e condução de doenças como o mieloma múltiplo, que muitas vezes se manifesta com dor e fraturas ósseas espontâneas.
Em Goiânia, o acesso a um hematologista capacitado pode fazer toda a diferença. Com os avanços recentes, incluindo o uso de CAR-T Cell em casos selecionados, a atuação do hematologista vai muito além do diagnóstico, ele é peça central na escolha do tratamento mais eficaz e adequado para cada paciente.
O Julho Amarelo é uma oportunidade para ampliar a conscientização sobre doenças graves como o câncer ósseo. Reconhecer os sinais e sintomas, buscar diagnóstico precoce e contar com acompanhamento especializado são etapas fundamentais para aumentar as chances de sucesso no tratamento.
Se você ou alguém próximo apresenta dor óssea contínua, fraturas frequentes e/ou alterações nos exames laboratoriais, procure ajuda médica.
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