Por: Dr. Rodrigo Brum em 24 de novembro de 2025 • 4 minutos de leitura • Hematologia

Embora anemia e leucemia sejam doenças do sangue, elas possuem causas, sintomas e prognósticos, na grande maioria das vezes, bastante distintos. A análise sobre a possibilidade de uma evoluir para a outra deve ser feita com cautela, pois nem toda anemia é sinal de algo grave, mas alguns tipos podem, sim, estar associadas a condições hematológicas mais sérias. Este artigo explora a relação entre essas duas condições, destacando os sinais de alerta que exigem investigação mais aprofundada com um hematologista.
Em termos gerais, a anemia não é considerada uma fase anterior ou um estágio inicial da leucemia. No entanto, em alguns casos específicos, pode haver relação entre essas condições. A leucemia, por afetar a medula óssea, interfere diretamente na produção dos glóbulos vermelhos, podendo levar ao desenvolvimento de um quadro de anemia. Nesses casos, a anemia é considerada uma consequência da leucemia, e não o oposto, e também estará associada à outras alterações no hemograma.
Por outro lado, algumas anemias relacionadas à síndrome mielodisplásica, e outras consideradas rarass, como a anemia aplásica e a anemia de Fanconi, têm maior propensão a evoluir para leucemia mieloide aguda (LMA). Essas condições costumam demandar acompanhamento hematológico constante devido ao seu risco potencial.
Anemias carencias (Ex: deficiência de ferro, b12…), hemolíticas (Ex: esferocitose hereditária…) ou hemoglobinopatias (talassemias, falciforme…), enfim, relacionadas a causas benignas, não possuem nenhuma correlação direta com o risco de leucemia.
A anemia deve ser um sinal de alerta para o risco de uma doença como leucemia, quando não se detecta nenhuma causa aparente para a mesma ou quando há outra alteração associada no hemograma (ex: alteração dos leucócitos e das plaquetas), em outros exames laboratoriais ou ao exame clínico.
A anemia é definida pela redução da hemoglobina no sangue e pode ser causada por diversas causas benignas, como citado previamente. Já a leucemia é uma neoplasia maligna, com origem na medula óssea, que devido à proliferação das células alteradas, impede que as células normais sobrevivam, afetando portanto todos os componentes da medula e consequentemente alterando, mais cedo ou mais tarde, todas as células do sangue. Ou seja, embora a anemia possa estar presente no contexto de uma leucemia, os exames laboratoriais e o quadro clínico são diferentes.
Enquanto exames laboratoriais de rotina podem ser suficientes para identificar uma anemia de origem benigna (ex: deficiência de ferro), a investigação de uma leucemia envolve exames mais específicos como os de medula óssea.
O acompanhamento com um hematologista é essencial para investigar a causa de uma anemia persistente ou ainda sem diagnóstico claro , ou quando surgem sinais clínicos que levantam suspeita de doença hematológica.
Vale destacar que, quanto mais cedo a avaliação for feita, maiores as chances de diagnóstico preciso e tratamento eficaz. TODA ANEMIA DEVE TER SUA CAUSA INVESTIGADA!
Embora a anemia não seja, na grande maioria dos casos, um prenúncio de leucemia, alguns tipos podem evoluir para doenças hematológicas malignas. Anemias persistentes, sem causas definidas, com alteração ao exame clínico ou falha de resposta ao tratamento, indicam a necessidade de investigação mais aprofundada.
Se você tem algum destes fatores citados , o acompanhamento com um hematologista é fundamental para garantir um cuidado seguro e direcionado. Em Goiânia, o Dr. Rodrigo Brum atua com foco em diagnósticos precisos e tratamentos personalizados na área da hematologia.
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